quinta-feira, 28 de junho de 2012

Gravata





























 











 



O termo teve suas origens em hrvat, sérvio-croata que por sua vez tornou-se Kravat, saindo do alemão para o francês cravate, referindo-se aos croatas que lutavam pelo Rei Luis XIV, da França. Entre 1789 a 1799, no transcorrer da Revolução Francesa, os homens indicavam sua inclinação política pela cor de seu cravat, o lenço usado em torno do pescoço. Tendo sido descoberto pela sociedade européia XIX, o cravat foi elevado ao cenário militar e político e hoje não só é aceito como em certos eventos e ambientes, tornou-se obrigatório. Embora os soldados em Stenkeerke, na Bélgica tenham sido os idealizadores do uso do lenço com um nó que deu origem ao cravat, ou gravata, hoje em dia, uns 600 milhões de homens a usam, na Alemanha cada homem tem pelo menos umas 20 delas.


Tendo obtido status por conta do fascínio dos franceses que disseminaram a idéia, a gravata foi fruto, digamos, de uma composição elaborada às pressas e por conta do descuido dos soldados franceses aquartelados em Stenkeerke, surpreendidos por forças inglesas em 1692, pois como não tiveram tempo de se vestir adequadamente, a solução para disfarçar o desmazelo foi bolar o truque do lenço. Contudo, conforme ficou sabido, a novidade não exatamente uma novidade, já que, segundo peritos na história das gravatas, séculos antes, guerreiros do Imperador chinês Cheng (Shih Huang Ti) usavam um tipo de lenço em torno do pescoço para indicar sua posição.

  Considerando que a moda floresceu na Europa, onde o frio favoreceu sua rápida expansão, a gravata não sofreu nenhuma modificação quanto ao formato, porém tornou-se mais acessível e explora designs mais arrojados. Um gravateiro de New York, Jesse Langsdorf confeccionou por meio de uma máquina, gravatas, dividindo-as em três partes de forma que as peças fossem mais elásticas. 
 Atualmente, temos as adamascadas, as xadrezes, as decoradas, as pastilles, com pequenas moedas e bolinhas comestíveis lançadas pela Maison Charvet, as pintalgadas por petit-points, imortalizadas por Sir. Thomas Lipton, em seda pura dentre outras de marcas famosas como Roberto Talbot, Salvatore Ferragano, Gucci, Hermenegildo Zegna, Hermé e Charvet, grandes nomes desse meio.

Mas, se você está em busca da autêntica cravat, ou gravata croata, o melhor lugar é Zagreb, Croácia, onde é seguido o padrão original de fabricação a partir de seda italiana de alta qualidade, twill, woven, jacquard. A qualidade, o corte, o comprimento, alcançaram prestígio em todo o mundo, tornando-se marca registrada e símbolo de grande orgulho.

E você, sabe dar um nó em uma gravata?








Saiba que o nó de uma gravata define sua personalidade, podendo ir desde o mais simples ao mais trabalhado, sendo indispensável na sua apresentação conferindo-lhe charme e elegância, mas, fique atento ao biotipo de cada homem, já que o tipo de tecido, da gravata, seu material, textura, design etc., bem como do colarinho da camisa podem interferir na confecção do nó.






Veja agora alguns tipos de nós, siga as instruções e aprenda:




  • Windsor – Nó Inglês: Inventado por Eduardo VIII, duque de Windsor, apresenta nó bastante cheio e fica muito melhor em colarinhos largos;

  • Half-Windsor – Nó Francês: Ideal para criar volumes em gravatas finas e que por ser mais conservador combina com qualquer tipo de camisa;
  • Four In Hand – Nó Escorregadio: Fácil de fazer, ideal para homens altos e corpulentos, se molda ao corpo e cabe em qualquer colarinho.







Curiosidades:

  • Segundo Miti Shitara, professora de história da moda da Faculdade Santa Marcelina, há registros do uso de lenços no pescoço por soldados chineses do século III a.C. assim como pelo Exército na Roma antiga como sudário, não só para proteger do calor, mas também para estancar o sangue e limpar a boca;
  • Símbolo de poder e predomínio do caráter masculino, teve seu papel reforçado por um estilo que determinou o peso de seu valor, o dândi, por intermédio do inglês Bryan Brummel ('O Belo Brummel').
  • Além de calças compridas, colete e casaco, os dândis, utilizavam golas altas com lenços sofisticados, sem muitos adereços, jóias ou bordados, mas com nós muito bem elaborados que teria despertado inclusive a atenção do Rei da Inglaterra, levando-o a freqüentar a casa de Brummel para que este enfim, lhe ensinasse os diversos tipos de amarrações, explica Shitara.

  •  De acordo com revista Forbes, em 1800, se um homem tocasse o lenço no pescoço de outro homem, seria tal ato tão ofensivo que poderia terminar em um duelo, e foi em 1860 que surgiu a amarração feita a partir de um nó simples, como os nós das rédeas de carruagens de quatro cavalos.
  • Durante a Inglaterra do século XIX, as cravates já eram de uso dos universitários em regimentos militares, escolas e clubes. Eram na época, do tipo borboleta. Shitara nos conta que no final do século fora agregada uma fita mais fina com um papel que deu origem ao formato que conhecemos hoje. Apesar de mudar de forma algumas vezes, durante o século XX, “em 1930, época da recessão econômica, ficaram mais largas, e em 1970 aconteceu algo parecido”.

     


       Aos interessados, fica a dica, maiores informações em:


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